Quando a culpa não é minha

De olho na promoção, não conferi a data de entrega, mesmo porque havia múltiplas notas fiscais. Confiei na palavra do vendedor:
“No máximo, em cinco dias, a senhora recebe as telhas”.
Passaram-se 30 dias, e nada.
Erro do sistema? Erro intencional? Política da empresa?
“Dirija-se à loja”!
Fiz 260 km. O supervisor confirmou a entrega para a semana seguinte.
E nada de telha.
João disse que a culpa era de Maria, que repassou a batata quente para Mario, que entediado colocou a culpa no vendedor. Por isso, me disseram que voltasse à loja.
260 km novamente.
“O supervisor se enganou. Não temos o material na loja. A senhora quer um vale compras”?
Se é desgastante para o consumidor, imagine para os funcionários que não contam uns com os outros. O clima organizacional do “salve-se quem puder” é fadado ao descontentamento. Afinal, a “culpa” é do outro.